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terça-feira, 14 de novembro de 2023

Bater em crianças

                  Foto ilustrativa: Rivaldo R. Ribeiro 


Ouvi que um cara famoso em um famoso programa de TV disse, esses dias, que bateu no filho pequeno, o deixou com lábio inchado e ele nunca mais foi mal educado. Me lembrei imediatamente dos anos 70, quando alguns achavam ok bater em gays e diziam publicamente que estes precisavam apanhar para largar a “opção de vida”. Ou dos anos 80, quando se aceitava que maridos batessem nas esposas e ainda se dizia: “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.
Bater em crianças é uma daquelas coisas que a sociedade ainda acredita ser assunto íntimo.
“Ninguém deve se meter na criação dos filhos dos outros”, dizem.
Mas esses filhos vão crescer e conviver com nossos filhos e netos. Todo mundo deveria se meter na criação do filho dos outros. Deveria ser um assunto público. Deveríamos ter todo interesse em como nossos vizinhos e conhecidos estão criando seus filhos. Deveríamos todos nos meter.
A criança que apanha, ou sofre gritos e castigos, vai passar essa violência adiante. Com um irmão menor, um colega de escola, um amigo. Ou pior, vai guardar a mágoa dentro de si, se transformando em um adulto que se sente injustiçado pelo mundo e pela vida. Um marido que explode. Um pai violento. Uma hora esse tapa vai voltar. Talvez em alguém que a gente ama.
Convido qualquer pessoa a substituir a palavra “criança” por qualquer outra. Tipo: “Minha esposa me respondeu de forma desrespeitosa e dei um tapa na cara dela. O beiço dela ficou todo inchado, parecia o Patolino, hahaha. Nunca mais me respondeu”.
Coloque ali “avó” ou “colega” ou “funcionário”. Um comentário como esse ia passar despercebido? Diriam que cada um tem seu jeito de educar? Uma criança é um ser inferior, que merece ser tratada como nenhuma outra pessoa merece?
Nos últimos anos, evoluímos em tantas questões. Aprendemos a respeitar, conviver e até amar, rompendo com nossas crenças mais antigas e enraizadas. É possível criar filhos sem violência. Basta tratá-las como tratamos as outras pessoas. Pode não parecer, pelo jeito que as tratamos, mas crianças são pessoas. Crianças são pessoas, pequenas, lindas, indefesas. Deveriam ser honradas. Jamais agredidas.




quinta-feira, 21 de junho de 2018

TUDO VAI PASSAR

                             Imagem captada na internet 

Eles vão crescer e dispensar nosso colo.
Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais.
Que nossas demonstrações de afeto serão consideradas um grande mico.
Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos pra que cheguem logo em casa.
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Que não se interessarão pelos velhos brinquedos.
Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria.
Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma.
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Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar. Que começaremos a rezar com muito mais freqüência.
Que morreremos de saudade de nossos bebês crescidos.
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Por isso, viva o agora. Releve as birras. Conte até 10. Faça cócegas. Conte histórias. Dê abraços de urso. Deite ao lado deles na cama. Abrace-os quando tiverem medo. Beije os machucados. Solte pipa. Brinque de boneca. Faça gols. Comemorem. Divirtam-se. Acorde cedo aos domingos pra aproveitar mais o dia. Rezem juntos. Estimule-os a cultivar amizades. Faça bolos. Carregue-os no colo.
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Faça com que saibam o quanto são amados.
Passem o máximo de tempo juntos.
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Assim quando eles decidirem partir para seus próprios vôos, você ainda terá tudo isso guardado no coração.
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Do Facebook: Gisele Vessani Telbis