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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

AFEGANISTÃO: CRISE HUMANITÁRIA?

Cenas horrorosas, triste, desumana no Afeganistão.

Que Alá que é o Deus que eles tem Fé, tenha misericórdia do seu povo.

Alá também é misericordioso, justo. Mas uma parte do islamismo distorce a vontade de Alá com extremismos e violência. Meu avô era Muçulmano e na minha memória só existe bondade e carinho por parte dele. Nós cristãos alguns também são extremistas e radicais, tanto é que hoje convivemos com esse extremismo dentro da política que tanto aqui como lá não é bom, muitas vezes usando até de violência baseado no Velho Testamento onde o homem era o centro de tudo, veio Jesus e nos mostrou o AMOR.

Dessa forma oremos para que profeta Maomé interceda junto a Alá pela Paz no Afeganistão, seja qual for o nome que cada homem da Terra dedica a Deus, o que importa é a Fé dedicada a Ele.

Jesus sempre dizia quando fazia Seus milagres "A tua Fé te curou". O condenável é o ateísmo. 
PAZ E BEM!


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Recordações dos tempos das charretes...

Sou natural de Ubarana-SP, naqueles tempos eu ainda com uns 06 ou 07 anos, imagina nem a BR-153 existia. A estrada que dava para Promissão, Avanhandava, Rio Tietê, era essa que passa ao lado da Santa Casa e leva a Santa Luzia.
Lá na frente ela faz um bifurcação e à esquerda tomava rumo para Ubarana, passava pela Rua do Comércio daquela cidade, isso bem em frente a casa do meu avô Salomão Aued.
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Logo a frente saindo da Vila tem um riacho, bem ali começava o Sítio do meu pai. Bem para encurtar a história que vai longa...Lembro dos dias que vinhamos de charrete fazer compras aqui em José Bonifácio, usando essa estrada, era um dia inteiro de uma deliciosa viagem. Meu pai cuidadoso e amoroso com seus animais, sempre dava uma paradinha para que o cavalo ou égua descansavam e tomavam agua em algum riacho pelo caminho. Enquanto isso nós comíamos nosso lanche preparado por minha mãe, geralmente uma farofa de frango caipira, pois era o que tinha na época.
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Lembro da Fazenda do Lino Marassi,do sítio dos Baillos, do sr. Sanito que foi um dos grandes amigos do meu pai e tantos outros que ele tinha ao longo do caminho. Quantas chuvas, temporais tivemos que nos abrigar na casa de algum deles.
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Chegando aqui em José Bonifácio, logo em seguida eu e minha irmã choramigávamos pedindo sorvete e pão com mortadela. Que delícia! Esse lanche agente fazia na Padaria do Catelan. A charrete era acomodada com cavalo e tudo nos fundos do bar do Japonês, que havia na esquina próxima do Banco Itau, não deviam ter permitido que demolissem aquela construção, era uma construção japonesa autêntica.*******Bom, depois disso, tinha duas lojas que agente escolhia para comprar nossos riscados de passeio e de trabalho: as Lojas Riachuelo e Pernambucanas.
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Já pelo meio do dia, cavalo descansado, alimentado com água e milho. Lá íamos nós de volta para nossa pequena casa nos arredores de Ubarana na nossa charrete de roda de pneu e veja que foi uma conquista, pois ainda havia as de roda de madeira. Mas com todo esse sacrifício, tenho certeza que fora os anos mais belos e felizes da minha vida.
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Hoje com essa correria louca, homens públicos sem honra nenhuma que transformam as notícias em revoltas quase insuportáveis, nós os pacatos e honestos nos sentindo desvalorizados dentro de uma sociedade burra praticando um consumismo destrutivo e suicida. Ainda colocam o nome disso de progresso, não acredito...Progresso humano não.
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Isso agente vivia nos tempos das charretes...Quantas vezes agente encontrava com outra família pelo caminho, não faltava sorrisos, preocupações com a saúde dos filhos, como ia a roça, podia até ser um desconhecido, medo por que? Eramos todos amigos inocentes dentro do mundo e com certeza nesses casos sempre nascia uma nova amizade. Um grande abraço com muita saudades... ( Já sonhei escrever um livro sobre Ubarana, ainda não tive tempo e nem talento. Quem sabe um dia) . Estou de férias, acho que vou fazer esse caminho de recordações, como não tenho charrete, vou de fusquinha mesmo, que é valente tanto como...


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Comentário de Mario Augusto de Moraes Machado (Morani)-Nova Friburgo-RJ sobre o meu conto “O menino deficiente” que publiquei nesse blog no dia 26/05/2010

Grande vida, sem que tivesse a noção exata da "prova" a qual se sujeitava. Criança ainda e já se formava em seu espírito vivaz os questionamentos à sua própria condição de Vida. Ansiava descobrir o futuro abrindo-lhe às portas todos os seus receios, todas as suas esperanças e todos os seus sonhos. Há muitas outras crianças assim. Eu fui uma delas, também.


"O que pode haver além do horizonte?" Só o Futuro descortinaria aos anseios do Menino Deficiente o que seria a sua existência além dos mistérios, além de seus medos e de suas aspirações. Ele se escondeu ao máximo para não se ver conspurcado em seus sonhos e em seus planos, que os tinha, mas mal formados pelas dúvidas que carregava consigo como pesado fardo cheio de pavores. Sem entender as razões de suas limitações não lobrigou que força maior se agigantava em seu íntimo. Era preciso dar tempo ao tempo. Transformou-se em um desbravador de "sucatas" por acreditar, talvez, que o seu pequeno mundo jamais sairia das fronteiras em que vivia. Os velhos livros lhe abriram a visão maior - os frutos das sucatas.

Encontrou, ele, na singularidade da situação, os primeiros degraus de sua subida. A força de vontade indômita adveio de um jogo de bola em que levou uma pancada e deixou o campo de jogo. Voltou. Demonstrava, já, toda a sua "teimosia" em não aceitar ser menos que os demais. Diga-o sua irrepreensível vontade de montar a uma bicicleta e sair pedalando com uma só perna - a "boa", à esquerda.

E o que não conseguiria esse Menino Deficiente? Buscar refúgio debaixo de camas, entre teias de aranha, não o assustava. Assustava-o mais os olhos perquiridores das gentes sem sentimentos e sem respeito por sua deficiência. A orfandade o atingiu cedo ainda. Mas havia outro Pai, alerta e cuidadoso, guardando para ele as mais brilhantes situações.

Emocionante é a passagem à praça da cidade e o carrinho de pipocas. Humilhante? Não para ele que via tudo de modo avesso aos dos outros garotos. Continuou a sofrer na escola, mas foi lá que se quebrou uma parte do "gelo" a que se via mergulhado. Ou enfrentava o mundo ou o mundo faria isso o separando de entre os demais. Teria escolha o Menino Deficiente? Não! A Vida o havia escolhido.

Desafios não são para serem testados, mas enfrentados. No íntimo ele sabia e o provou, anos mais tarde. A Natureza não dá saltos, mas caminha lentamente, porém direito ao seu Destino. Uma sua testemunha jamais poderá falar ao seu favor: um passarinho que ele encontrou certa vez sem possibilidade de alar-se em vôos libertadores. Colocou-o às mãos protetoras e em uma prece ao Pai Superior, que já o Tinha à conta de um cavaleiro de capa e espada, atendeu seu pedido. O passarinho alçou vôo direto de sua mão. Que de encantamento! Vaticínios? Sem dúvida foram.

Topou caminhos de pedras e de flores. A qual enveredar? Não seria sua a escolha. Sua escolha já se achava pronta e justa a se encaixar a ele. Ele entendeu que os de pedra foram os primeiros a lhe burilar a Alma como se burila uma pedra preciosa para lhe tirar mais brilho, como os diamantes.

O Menino Deficiente não anda pelo Mundo. Ele anda pelos caminhos ásperos ao mesmo tempo em que suaves de José Bonifácio, SP. Não tem mais sua bicicleta, mas tem um seu veículo automotivo - Fusca - que o atende muito bem nas andanças que empreende pelo município.

Vê-lo por lá, em momentos que seriam de folga, não é difícil. Se você não pode estar lá, imagine-se lá ao seu lado em visitas a lugares ermos a fim de evitar desastres de graves proporções para José Bonifácio e sua população ordeira. É chefe de família; é pai, dos mais dedicado, e mais dedicado filho da Mãe Natureza que o Pai Maior o fixou ali para a proteção de Suas Criações. Eis como vejo atualmente o Menino Deficiente, que deixou de ser.



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