Foto Facebook de Regina Gonçalves Brunhara
Enquanto meu pai capinava a roça eu ficava num desses ranchinhos. Ali guardavam as marmitas, café morno em garrafas. E a água da moringa estava sempre friinha, uma delícia.
Meu Deus quanta saudade...Agente trabalhava muito, aliás meus pais, naquele tempo não havia ás maquinas de hoje, a lida era na enxada, machados, foice, uma serra gigante que usavam para serrar madeiras, meu pai puxava de um lado e o outro do outro e em sincronia iam serrando troncos de madeira gigantes.
Para tombar terras eram usados bois castrados e fortes e mansos que puxavam uma ferramenta com o nome de "tombador", reviravam a terra em grossos montes. Depois usavam Arados para que a terra se tornasse apropriada para o plantio.
E o mais legal era a máquina de plantar a roça, faziam um barulhinho de dar sono. Meu pai e algum ajudante iam plantando as sementes no solo e empurrando com o os pés a terra para cobrir as sementes.
Depois de uma chuvinha mansa e continua, a roça de arroz, milho, mandioca, bananas nasciam verdinhas prontas para dar seus frutos.
Parte das colheitas eram nosso alimento e a sobra vendia-se para fazer dinheiro e comprar os bens duráveis. Tudo muito simples...
Lembro do meu pai sempre assoviando indo para roça com a enxada nas constas. Sempre feliz com cada chuva que não faltavam como hoje. Nosso transporte era uma charrete com um cavalo bom, o leite vinha das vaquinhas sempre fresco e puros...
Fazendo uma comparação eu afirmo sem medo de errar, atualmente com todas as tecnologias somos infelizes, muitos deprimidos e ansiosos, mal humorados. Sentimentos raríssimos no meu tempo de criança, tempo da roça familiar...
Sim, progredimos, mas para quê? Destruir nosso Planeta?