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domingo, 6 de maio de 2012

Há de se supor por Thales Pereira

Há de se supor


De tudo que se vê,
Há de se supor,
Não existe água pura
Para a eterna flor!
Nem fonte que cura,
Nem quem conte nos dedos
Os medos de anteontem.
Nem quem aponte a paz sem inquietude.
Nem mesmo o tempo traz
No vento, novas atitudes.
Não existe passos nem compassos nesta dança.
Ou será que lá no fundo triste,
Num cantinho,
De uma tela ainda vive,
Um restolhinho de esperança?
Há de se supor que sim,
Há de se supor que não,
Aquilo que vai
No desacorçoado coração.


Thales Pereira







domingo, 22 de maio de 2011

Absoluto- Thales Pereira


Mundo!
Não quero abusar, mas abuso.
Não quero usar, mas uso.


Vou completando o mosaico,
Entre peças de um quebra cabeça,

Que concluo: não se conclui.

Não há veredas sem rumo,
Nem rumo certo, absoluto!
Tudo é tão relativo.
Que nem tudo é relativo.
A vida só será completa,
Se compreendida como incompleta,

Completamente.

Thales Pereira
Médico Psicoterapeuta.




OUTONO-Thales Pereira.

Há quem viu a vida,
Quando ainda era primavera.

Ela bem que avisou:
Cuidado com o passado,
Disfarçado de saudade.
O inverno ninguém vê, vera...
Ai de quem se pendurou no muro
Querendo agarrar o tempo avoado no futuro.
A vida que foi esquecida, também o esquecerá.

O verão anuncia outra verdade:

Tolice viver só de presente,
Cada passo desarvorado
Num tropeço inconseqüente.
Há quem viu que a vida é feita,
Numa bonita colheita

De passado, presente e futuro.
E assim,
Em cada tempo, as lições,
Que se aprendem no abandono,
Que se colhem em cestos de outono,
Completam todas as estações.
E o que se viu no começo,
Revela-se pelo avesso,
Num aprendizado sem fim.



Thales Pereira-
Médico Psicoterapeuta.