Há de se supor
De tudo que se vê,
Há de se supor,
Não existe água pura
Para a eterna flor!
Nem fonte que cura,
Nem quem conte nos dedos
Os medos de anteontem.
Nem quem aponte a paz sem inquietude.
Nem mesmo o tempo traz
No vento, novas atitudes.
Não existe passos nem compassos nesta dança.
Ou será que lá no fundo triste,
Num cantinho,
De uma tela ainda vive,
Um restolhinho de esperança?
Há de se supor que sim,
Há de se supor que não,
Aquilo que vai
No desacorçoado coração.
Thales Pereira
De tudo que se vê,
Há de se supor,
Não existe água pura
Para a eterna flor!
Nem fonte que cura,
Nem quem conte nos dedos
Os medos de anteontem.
Nem quem aponte a paz sem inquietude.
Nem mesmo o tempo traz
No vento, novas atitudes.
Não existe passos nem compassos nesta dança.
Ou será que lá no fundo triste,
Num cantinho,
De uma tela ainda vive,
Um restolhinho de esperança?
Há de se supor que sim,
Há de se supor que não,
Aquilo que vai
No desacorçoado coração.
Thales Pereira