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terça-feira, 1 de junho de 2010

O CAMINHO.

Clique na foto- Imagem de Kleber Ribeiro

Em frente aos meus olhos: a vida mostra-se bela, como um palácio encantado e misterioso, uma musica com uma melodia suave traduzia que lá está tudo bem e feliz que não existe problemas...
Um outro mundo que se forma na minha imaginação, uma distancia que parece curta, de conquista imediata, um abstrato na visão, uma ilusão de ótica que não considera as curvas, aclives e declives para chegar ao destino, parece uma linha reta como se fosse possível flutuar sobre os acidentes deste terreno.


Estou aqui imaginando do lado oposto ao ponto final, mas como chegar até a ele se entre mim e ele existe a luta contra o mundo, que sempre nos impede com suas sombras? Sonhar nos leva a realidade, mas para que isso aconteça além de vários atalhos, teremos que construir muitas pontes, atravessar pântanos, abrir trilhas no meio da mata, desviar dos monstros azuis, verdes, vermelhos, de todas as cores e maneiras, coisas que sempre interpõe a nossa frente e impedem de realizar a travessia.


A coragem só manifestava-se enquanto transcorria “o inverno”, quando os caminhos estavam bloqueados e com isso nos davam as desculpas para o medo e a covardia de ir em frente, e os sonhos que vinham com força e entusiasmo ficavam adiados...
Porem ao iniciar-se a “primavera” escancarando as portas do mundo, quando as plantas começavam a reverdecer e as flores perfumarem ao vento, o sol dando energia à vida. Os sonhos da liberdade chegavam com suas angustias, e o medo do caminho voltava a aniquilar-me, olhava a imensidão a minha frente: não tinha dado nenhum passo, não havia descido nenhum degrau a frente da porta, não conhecia a emoção do começo, apenas escravo e servidor do cotidiano do mundo com suas fronteiras. Buscava segurança em vez de coragem...


Continuarei assim esperando? E a vida é como as vagas do mar revolto, sacodem o barquinho, leva para cima e de repente despenca das alturas, é uma montanha russa desgovernada... Meu Deus! Mas ela está em minhas mãos e sou seu timoneiro... Então porque não seguro com força e coragem, preciso dela para travessia...


Reúno todas as forças... À frente no horizonte, o palácio encantando não está tão longe assim... Percebi que alguns medos já não os tenho mais: assim sem querer já atravessei boa parte deste longo caminho, já deixei para trás os pântanos, as pedras, as pontes, e de longe olho as relíquias do passado que são tesouros bem guardados num cofre sem segredos, no entanto continua com a porta fechada e estão escondidos pela superficialidade que encobre a sabedoria que se manifesta tímida, com medo das incredulidades...


Para quem quer chegar não deve desconhecer que as trilhas de conquistas não são caminhos retos, no entanto seguindo os sinais dos que já atravessaram, eles não se ferirão nos espinhos, não se atolarão nos pântanos, e as pontes já estarão construídas. E chegando ao destino só tem que mudar as cores das janelas e regar as flores, para que o sonho continue...


Rivaldo R. Ribeiro