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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Um caso de Trânsito



"A pequena história que conto abaixo pode ser trágica, de impacto, porem é uma forma que encontrei para alertar sobre o perigo do trânsito, que nesta semana eu presenciei por duas vezes perigo real de atropelamento de crianças que vinham das escolas, que por uma Providência Divina não ocorreu, evidentemente escolhi os nomes das personagens não convencionais".

A jovem Ostra e um rapaz que se chamava Mar se amavam muito, começaram seu namoro com muitos sonhos, planejavam isto e aquilo, uma casa que fosse pequena, mas confortável, juntaram suas economias e os restantes preitearam o financiamento na Caixa, se sujeitaram a alguns anos de sacrifícios e assim conseguiram quitar sua casa, agora prontos para o casamento, a felicidade era total, o mundo girava em torno deles, assim planejavam a vinda do primeiro filho....

A jovem Ostra então ficou grávida , foram nove meses de expectativas e preparativos: o berço bem decorado a espera do filhote, a pintura nova do quarto etc. Depois da barriga enorme, mal estar natural das gestantes... O nascimento foi lindo, nasceu uma criança que trazia luz para aquela pequena casa, e resolveram dar-lhe o nome de Pérola.

Passaram-se alguns anos, depois dos primeiros passinhos, primeiro tombos, agora tinha que ir para escola, os pais com orçamento apertado ficavam o dia todo fora trabalhando, então Pérola aos cuidados da avó aposentada, tomava seu banho seu café e ia à escola. Dona Ostra sempre aconselhava a pequena Pérola dos perigos das ruas, se pudesse a levava a escola mas tinha que trabalhar, não podia atrasar o chefe não entenderia.

Nos primeiros anos a avó de Pérola procurou leva-la, mas uma artrite a impediu que continuasse nesta amorosa tarefa, e acreditando que Pérola agora saberia conduzir-se nas ruas, ela tinha que encarar os veículos como inimigos fatais.

Mas como toda criança a distração faz parte de seu comportamento infantil, um dia Pérola distraída atravessou correndo sem olhar, não era uma rua perigosa, ali não havia necessidade de altas velocidades, contudo a correria dos que perseguem o inútil não notou a pequena criança, seu corpo foi arremessado ao solo... ferida não conseguia mover-se... ao redor curiosos olhavam aquela situação trágica... o motorista assustado ou covarde evadiu-se... a pequena ali no asfalto quente esperava socorro, uns lamentavam com pena, outros não sabiam o que dizer, outros diziam palavras de ofensas a estes malucos do transito, enquanto isso Dona Ostra e Sr. Mar trabalhavam duro na esperança duma vida melhor a Pérola: melhores estudos, para que quando adulta não sofreria tanto, e sonhavam com uma família que pudesse se reunir com mais freqüência, pois sentiam muitas saudades de Pérola.

Naquele instante o Chefe aproximou-se de Dona Ostra, agora amável, bem educado, um amor de pessoa! pois tinha que dar a terrível noticia...

No hospital Dona Ostra e o marido num canto calado com o desespero contido pela fé, lagrimam os olhos, sentiam-se sozinhos e desamparados, os sonhos estariam perdidos? Esperavam o pior..as horas eram de angustias terríveis, mas quem tinha o nome de Pérola tinha que brilhar.

As enfermeiras e os médicos corriam pra cá e para lá, e os dois ali quietinhos não tinham coragem de perguntar sobre a pequena criança, pois tinha receio do pior, atravessou-se à noite, já de manhãzinha Dona Ostra num cochilo rápido sonhou com um "anjo" que se aproximava e tinha nas suas vestes brancas um brilho intenso, acordou de repente e viu diante de si a pequena Pérola de mão dada com uma enfermeira: tinha curativos, uns pequenos corte na testa, nada mais...

"Não poderia permitir que nada de ruim acontecesse a esta personagem, mas o nosso trânsito corre este risco, pensem nisso, qualquer um de nós pode destruir um sonho, não devemos encarar os pedestres, crianças ou velhos, como se não fossem ninguém, como se não fossem amados por Deus, pelos parentes, pelos vizinhos, por todos que os conhecem, como se não sentissem as terríveis dores dos traumas de um acidente, e ai??".