terça-feira, 6 de julho de 2010

O ÚLTIMO ARBUSTO

Rivaldo Roberto Ribeiro-(José Bonifácio-SP)

Paz é um sonho remoto, mas é um sonho...
Estamos descrentes dos homens...
Perderam a trilha, a direção, o destino...
Inocentes homens o que eles querem?
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Provar o que?
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Valentia, esperteza, maldade, revolta...
Provar o que? É grande, mas comporta-se pequeno,
Homens inocentes, não há sorriso em seus rostos,
Não choram... Mas não há sorriso em seus rostos,
Escondem o choro, porque não há sorriso em seus rostos,
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Inocentes homens... Perderam o brilho, a fé, e suas lágrimas já não existem para regar seus corações áridos.
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Inocentes homens... Matam, mutilam, degradam, humilham, exploram, ludibriam, poluem, devastam. Injustos!
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Sempre pedem a Paz, mas nunca a constroem, nunca a cultivam,
Suas sementes são estéreis, esperam que nasçam algo que plantaram com medo de nascer.
Nascendo abranda a disputa, a violência, intolerância, ganância, injustiça...Inteligência?
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Homens inocentes, não choram... Mas não há sorriso em seus rostos,
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Paz sua semente é a justiça, está mofa, seu gérmen está morto, esqueceram de cultivar...
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A colina esta árida e desfalecida, morta a poeira da terra se arrasta sem direção...
O vento traz um canto, os homens ouvem, apontam para o alto um arbusto,
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Agora há sorrisos em seus rostos, agora eles choram...
Agora eles regam seus corações áridos e correm todos para o arbusto,
E na sua pequena sombra descansam da terra quente e morta,
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Mas agora há sorrisos em seus rostos, agora eles choram,
E juntos na pequena sombra olham uns para os outros, e aponta para o horizonte outro arbusto,
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Nascia novamente a esperança, os homens agora choram e há sorriso em seus rostos...



"19 de outubro de 2007"

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