Começa com “No princípio, era o Jardineiro”, o que imediatamente nos remete às escrituras da Bíblia Cristã. No conto, Machado explora passagens bíblicas que tratam da criação do mundo: [Gênesis 1:1-3] e [João 1:1-5].
O Bruxo recorre novamente à criação do homem e da mulher, criando ele a partir de um tronco de palmeira e um sopro; e ela, de um tronco de laranjeira e um sopro.
O homem e a mulher surge nesse jardim de delícias, o Jardim do Éden, justo quando as rosas (que são os pensamentos do jardineiro) estavam insatisfeitas; tiveram uma mudança de comportamento para o triste, porque desejavam a “contemplação de outros olhos”.
Esse é um dos “contos abandonados” do Bruxo do Cosme Velho. O que significa que, após sair na Gazeta de Notícias em 1º de dezembro de 1883, ele não o incluiu nas coletâneas posteriores: “Histórias sem Data” (1884) e “Relíquias de Casa Velha” (1906).
O conto voltou a sair após a sua morte, em 1908. Mas ao que tudo indica, alguns desses textos abandonados, possivelmente o foram, pelo fato de que Machado estava empregando ainda mais estudos no assunto. Aqui, por exemplo, há a fixação em Metafísica. Neste texto há muitas camadas, diversas pétalas a se conhecer. Boa leitura!
Livro autografado Verde Amadurecido de Daiana Pasquim: escreva para leituradeouvido@gmail.com
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